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Cap. 62

Ilustração com um fundo degradê indo de azul, no topo até preto, na base. Na parte superior está um círculo branco, representando a lua. Abaixo, ao centro, estão as silhuetas de duas pessoas montadas em cavalos. As pessoas usam chapús de cowboy e estão voltadas para o canto inferior esquerdo, onde, ao longe, um circo está em chamas.

Lucretia e padre Westwood estão a uma curva de New Heaven quando ela decide quebrar o silêncio que os acompanhava pelas últimas milhas:

— Você faz ideia de onde eles possam estar?

Os cavalos fazem a curva e o padre responde: — Não, mas tenho um palpite de que é só ir até aquele incêndio que encontraremos os dois.

O clarão das carroças e tendas ainda queimando contrastam com a escuridão da noite.

— Meu Deus! – espanta-se Lucretia. — Tomara que ele esteja bem! – diz ela, preocupada com Wayne e inclinando-se para a frente no intuito de acelerar seu cavalo.

O xerife segue logo atrás. Ele não sabe o que está acontecendo em New Heaven, mas já aprendeu que, se algo está errado em algum lugar, no mínimo, Augustus passou por lá. O sujeito traz mais azar que treze gatos pretos quebrando espelhos debaixo de uma escada.

Não demora muito, apesar da ansiedade de Lucretia gritar que foi uma eternidade, chegam até o que era o circo. De perto, é possível ver que a situação está quase controlada com as pessoas seguindo as instruções do xerife local.

Lucretia corre até ele: — O xerife de Rotten Root! O senhor sabe onde ele está?

Xerife de New Heaven: — Desculpe.... dona, mas não sei quem é esse.

Lucretia: — Um homem grande, bonito, estava com um estrangeiro chamado Augustus.

Xerife: — Esse nome eu ouvi. Uma cobra picou o sujeito. Foi levado por um homem de fora da cidade e um índio até a tribo dele para ver se conseguiam alguma cura. Parecia mal.

O xerife balança negativamente a cabeça quando alguém grita: — Tem mais um aqui!

Lucretia se volta para o padre: — Eu vou até a tal aldeia. Preciso saber se Wayne está bem.

Padre: — Eu preciso achar um médico para o McQueen.

— Eu sou médico! – interrompe um homem magro que voltava da carroça coberto de fuligem e lama. — Doutor William, como posso ajudar?

O padre se prepara para responder quando o xerife local retorna:

— Dona, a senhora está procurando pelo xerife da sua cidade, não é?

Lucretia: — Sim.

Xerife: — Talvez ele tenha ido junto com o índio, mas eu não ficaria muito esperançoso.

O homem coloca um distintivo derretido na mão de Lucretia.
 

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